Estou apaixonado. E não se trata da nova febre-hype-revolucionária Wolf Alice, uma banda (honestamente) nitidamente pasteurizada e massivamente replicada na mídia mainstream graças a insistente necessidade inglesa de criar candidatos anuais ao cargo de salvadores do rock. Apesar do pessimismo apocalíptico inglês, o rock não precisa ser salvo. E dificilmente eu acredito que iremos nos lembrar do efêmero Wolf Alice no próximo verão, mesmo que o grupo apresente um ou dois méritos legítimos.
Eu estou apaixonado pela originalidade e o talento de Sadie Dupuis. Mas quem afinal é Sadie Dupuis?
Sadie é uma figura ímpar dentro do cenário underground americano. Aos treze aprendeu a tocar guitarra depois de anos de dedicação a voz e ao piano, em diferentes participações em corais infantis. Cursou por dois anos o prestigiado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), abandonando a matemática a favor da paixão pela escrita, graduando-se em poesia. Vegana. Trabalhou como escritora freelance e conquistou um mestrado em artes na Universidade de Massachusetts, antes de se dedicar integralmente a música, quando formou em 2011 o hipnótico quarteto Speedy Ortiz.
Sadie Dupuis não é uma febre, eu garanto.
Imagine agora uma colisão de distorção entre Nirvana e Pixies, orquestrados pela voz sublime de PJ Harvey. Incrível? Exato! Abandone sua crença em capas de tablóides ingleses, ignore o hype e entregue-se ao Speedy Ortiz, apaixonando-se incondicionalmente por Sadie Dupuis.
Promovendo o lançamento de seu segundo álbum, o excelente Foil Deer, confira uma hipnótica performance ao vivo de Speedy Ortiz, apresentando os singles “Raising The Skate” e “The Graduates”.
Alguém arrisca afirmar a cor dos olhos de Sadie?
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