Celebrado no dia 25 de Maio, o Dia da Toalha é uma homenagem ao escritor Douglas Adams, autor da série O Guia do Mochileiro das Galáxias, falecido em 2001.
No final da década de 1970, quando os primeiros capítulos de O Guia do Mochileiro das Galáxias foram enviados para a rádio BBC em Londres, ninguém imaginava que seria um sucesso estrondoso em pouco tempo. A combinação bem sucedida de ficção e comédia harmonizou perfeitamente. Mestre da sátira, Adams cria personagens inesquecíveis e situações mirabolantes para debochar da burocracia, dos políticos, da alta cultura e de diversas instituições atuais. Seus livros, que tratam em última instância da busca do sentido da vida, não só divertem como também fazem pensar.
A celebração da toalha tem como base a importância do objeto para os “viajantes da galáxia”, que de acordo com a obra de Adams, utilizam a toalha nas mais variadas e inusitadas situações. Em homenagem ao falecido autor, fãs de todo o mundo costumam andar com uma toalha durante todo o dia, seja como capa, turbante ou cachecol – o importante é carregar a toalha.
E no mesmo 25 de maio, é reivindicado o Dia do Orgulho Nerd, por conta de ser a data oficial de lançamento do primeiro filme da série Star Wars, o Episódio IV: Uma Nova Esperança, em 1977.
Confira o trecho do Guia do Mochileiro das Galáxias que explica o culto à toalha:
“O Guia do Mochileiro das Galáxias faz algumas afirmações a respeito das toalhas. Segundo ele, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido ao seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kabrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você – estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.
Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um estrito (isto é, um não-mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete, lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante, repelente, capa de chuva, traje espacial, etc, etc. Além disso, o estrito terá prazer em emprestar ao mochileiro qualquer um desses objetos, ou muitos outros, que o mochileiro por acaso tenha “acidentalmente perdido”. O que o estrito vai pensar é que, se um sujeito é capaz de rodar por toda a galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim saber onde está a sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.”
A genialidade de Adams sem dúvida está eternizada em sua simpática literatura hilariante, lembrada todos os anos por uma legião de fiéis admiradores no mundo inteiro, multiplicando o interesse de novas gerações pela fascinante jornada de Arthur Dent e Ford Prefect, provavelmente os dois maiores exploradores do universo e interlocutores de questões filosóficas atemporais, afinal, de onde viemos? Por que estamos aqui? Para onde vamos? E principalmente, onde vamos almoçar hoje?
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