O processo é na realidade simples e previsível, eu juro. Toda vez que o acaso insiste em apresentar uma nova banda revelação, cuja sonoridade está imersa em um oceano noise experimental sombrio, algo como uma fusão simpática entre Jesus And Mary Chain, Echo & The Bunnymen, The Cure e Joy Division, a minha pulsação cardíaca acelera.
Em resumo objetivo, trata-se de amor sincero e infinito na primeira audição.
O trio inglês FANS impressiona. Os vocais são a mais clara reencarnação de Ian Curtis, em uma proposta muito além da pulsação obscura presente na órbita do universo Joy Division, trata-se de eletricidade, um mergulho em harmonias de guitarras em exagerada distorção, dignas dos melhores momentos de William Reid no Jesus And Mary Chain – pontuadas por letras discretamente sarcásticas e provocativas – conforme dita a regra definida por The Cure e Echo & The Bunnymen.
O EP Born Into marca a estréia oficial do trio inglês, cujo talento gradualmente conquista novos admiradores e espaço na mídia especializada. Para se ter uma ideia do frescor da novidade, até o presente momento não existe sequer uma nota publicada na imprensa sobre a banda ou 900 fãs inscritos em sua página oficial no Facebook. Muito provavelmente essa é não apenas a primeira matéria sobre o grupo de Yorkshire em português, mas uma das primeiras matérias sobre o grupo em sua história.
Sendo assim, desfrute da exclusiva e recomendada estréia de FANS, um trabalho de extrema competência, cujo potencial para explodir no circuito mainstream é tão certo quanto a previsão do clima temperado londrino.
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